Sou natural daqui de Jequié, nasce no ano de 1983 filha de Elizabete Barreto Machado, que corajosamente decidiu me criar sem a presença do meu pai, uma super mãe que não poupou esforços para dar conta sozinha de mim e da minha irmã mais nova Isis. Sempre nos incentivando a estudar.
Quando criança fui para a escola cedo aos três anos, gostava de ir pra escola e achava bonita a maneira que minhas professoras primárias tratavam as crianças e tudo que envolvia aquele ambiente desde as massinhas e brincadeiras no pátio até a hora da merenda, tanto que se fechar os olhos e me remeter aquela época sinto o cheiro da sala. Ao chegar em casa reunia minhas bonecas e ursos sentados no chão de frente pra mim e distribuía para cada um deles um pedacinho de papel e um lápis de cor, em seguida reproduzia as atitudes da pró, que não me lembro mais o nome, mas sempre vejo na rua.
O tempo foi passando e a escola nunca deixou de ser pra mim um lugar prazeroso, nunca gostei de faltar aula e por mais que algumas experiências tenham sido ruins em algumas séries lembro-me perfeitamente da boa convivência que tinha com meus colegas e de professoras que foram especiais, a mais marcante delas foi a pró Marivalda da 4ª série que era um doce de pessoa, atenciosa, organizada, preocupava-se com nossas dificuldades de aprendizagem e nos chamava atenção quando fazíamos algo errado mas sem nos expor para toda a turma.

No terceiro semestre do curso tive a oportunidade de trabalhar como professora de uma pequena escola particular do meu bairro, o que me possibilitou entender melhor as teorias estudadas.Nesse período fui amadurecendo a idéia de ter mais um filho, que se concretizou em dose dupla no ano de 2007 e vieram meus pimpolhos Guilherme e Gustavo, prematuros, nasceram na cidade de Itabuna onde ficaram por dez dias na UTI neo-natal do Hospital Manoel Novaes.
Eles trouxeram alegria e novos rumos a minha vida, tive que reduzir a quantidade de disciplinas do curso o que me tornou irregular e também a necessidade de trabalhar para aumentar a renda da família. Retornei para a sala de aula como professora de Língua Portuguesa do Ensino fundamental II da escola Adventista de Jequié no ano de 2008.Fui tocando o curso aos poucos como podia e como dava, pois se já é difícil estudar trabalhar e ter um bebê imagine dois?

No mês de setembro do ano passado quando me vi atolada de avaliações para corrigir, trabalhos da faculdade para entregar, planos de aula para serem elaborados e filhos em fase de adaptação na creche, passei a ter crises de dor de cabeça diárias, esquecimentos freqüentes e um acumulo de atividades que nunca era vencido, por mais que eu dormisse pouco e não tivesse um domingo de folga. Final das contas, desmaiei na classe fiquei internada uma semana, pensei em pedir demissão e trancar o curso mas, em fim o ano acabou sai da escola e neste ano gostaria de terminar meu curso pra voltar a trabalhar, por conta da saudade e da precisão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário